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Exposição sobre “A Noiva da Lagoa” é destaque no Museu Caldas Júnior em Santo Antônio da Patrulha

por Maria Alice Ramos

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (21) ao programa Conexão Itapuí, o presidente da Fundação Museu Antropológico Caldas Júnior, Rafael Barcela, falou sobre a exposição “A Noiva da Lagoa: um crime que virou lenda”, aberta no último sábado (16) no Museu Caldas Júnior. A mostra marca os 85 anos do assassinato de Maria Luiza Haussler, a Lisinka, ocorrido em 1940.

Segundo Barcela, a proposta é oferecer uma imersão na vida da jovem. “Nessa exposição o público vai fazer uma viagem ao tempo, porque nós temos lá pertences pessoais da Maria Luiza, da Noiva da Lagoa, coisas que eram dela, nós temos diários com poemas, nós temos cartas que foram escritas por ela, nós temos desenhos que foram feitos por ela, então nós temos itens pessoais da Maria Luiza, e também nós temos um trabalho que a Carla fez, um trabalho de pesquisa, em cima de um trabalho que o Fernando Lauck também já tinha feito sobre a Noiva da Lagoa, nós temos toda a dinâmica do crime, de como ocorreu esse crime.”

Doação da família foi marco da inauguração

O ponto alto da abertura foi a doação do acervo da família, entregue pela cunhada de Maria Luiza, Ingrid Emmer, de 85 anos. O material passa a integrar o patrimônio permanente do Museu e será base para o Memorial Maria Luiza Haussler, espaço dedicado à preservação de sua memória e à reflexão sobre o feminicídio.

O processo de aproximação com a família foi detalhado por Barcela: “Nós acabamos tendo conhecimento da existência familiar da Maria Luiza na cidade de Torres, a cunhada, e ela tem dois filhos, que no caso são sobrinhos da Maria Luiza, e graças a Deus, graças ao Joceli, também um amigo lá de Torres, foi um parceiro, conseguiu intermediar essa vinda da exposição. Nós recebemos num primeiro momento da família um não […] mas o Joceli acabou convencendo os filhos que isso seria importante no sentido histórico, cultural e de debate. A gente procurou fazer tudo dentro da maneira mais correta, mais respeitosa, em função desse caso.”

A iniciativa terá novo episódio no dia 27 de agosto, com participação de Ingrid Emmer.

Fotos: ASCOM SAP

Exposição pode ser prorrogada

Com a grande procura de escolas, a mostra pode ganhar mais tempo. “Pela quantidade de escolas procurando, acredito que vamos ter que estender essa exposição até o final do mês de setembro e depois nós vamos construir um memorial permanente no museu”, afirmou Barcela.

Por enquanto, a visitação ocorre até o dia 31 de agosto, no Museu Caldas Júnior, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h; aos sábados e domingos, das 14h às 18h. A entrada é gratuita.

Confira a entrevista na íntegra:

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