O tradicional Festival do Acordeon chega à sua sétima edição nesta quinta-feira, dia 8 de maio, em Santo Antônio da Patrulha, celebrando a música e a valorização da gaita, instrumento símbolo do Rio Grande do Sul. Em entrevista ao Conexão Itapuí na manhã desta terça (06) o idealizador do festival, o músico Samuca do Acordeon, celebrou a consolidação do evento no calendário cultural da cidade. “Embora eu tenha sido o animador, o cara que quis muito fazer isso, é um evento da nossa cidade, faz parte do calendário e não é meu, é nosso”, destaca o artista.

O festival tem como objetivo principal evidenciar a importância do acordeon não só para a cultura gaúcha, mas também como instrumento presente em diversas tradições musicais ao redor do mundo. “A gaita tem essa importância. Um dos intuitos do festival sempre foi demonstrar que ele está presente na música folclórica do mundo inteiro”, explica Samuca, reforçando que o evento busca ir além da valorização regional.
Nesta edição, o festival contará com artistas renomados como Markynhis Ulylan, do grupo Tchê Garotos; Paquito e Joia, que desenvolvem um trabalho de resgate da música de raiz; e Ricardo Comassetto, gaiteiro consagrado no meio da música campeira. Destaque também para os músicos da cidade, como Maikel Luz, que será homenageado, e o jovem talento Matheus Fernandes.
Além de celebrar a música, o festival também se propõe a ser um espaço de inspiração para novas gerações. “Daqui a pouco, a família leva a criança, ela se encanta e dali é um start para uma carreira. O Festival do Acordeon tem essa função dupla: acolher quem já toca e despertar o interesse em quem ainda não conhece”, afirma Samuca. Ele mesmo teve sua história com o instrumento iniciada por acaso, ao ser matriculado em aulas de gaita na infância, e hoje leva o instrumento no próprio nome artístico.
O evento será realizado no Centro Clube, às 20h, e a entrada será um quilo de alimento não perecível. “Desde o início tivemos essa preocupação de não cobrar, mas ao mesmo tempo trazer uma responsabilidade social. O festival pretende atingir várias pontas: a arte, a cultura e a solidariedade”, conclui Samuca do Acordeon.



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