No início de agosto, três profissionais de Santo Antônio da Patrulha concederam entrevista no programa Conexão Itapuí para falar sobre o Agosto Dourado e as ações locais de incentivo ao aleitamento materno. A técnica em enfermagem Luana Oliveira e a enfermeira Maria José, servidoras da Unidade Básica de Saúde (UBS) Bom Princípio de Santo Antônio da Patrulha, e a consultora de amamentação Joelma Steyer, destacaram a importância do aleitamento materno e as ações alusivas ao Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização sobre o tema. A campanha visa reforçar os benefícios do leite materno para a saúde e o desenvolvimento dos bebês.
A consultora de amamentação Joelma Steyer destacou que o acompanhamento às mães precisa contemplar tanto a técnica quanto o aspecto emocional. “Além de ter todo o suporte emocional, porque a mãe precisa — depois que o bebê nasce há uma queda brusca de hormônios — vêm momentos de depressão, crises de choro. Então a gente dá esse aparato emocional junto com a mãe e trabalha correção de pega e posicionamento”, explicou Joelma, lembrando que muitas mulheres chegam do hospital com o peito machucado.
Para Luana Oliveira, acolhimento próximo e ajuda familiar ajudam a reduzir a ansiedade e a superar as dificuldades iniciais da amamentação. “Uma rede de apoio é fundamental — não só o esposo, mas irmã, família, cunhada.”
A enfermeira Maria José explicou como o Sistema Único de Saúde (SUS) organiza o acolhimento e o acompanhamento das gestantes e puérperas no município. “As unidades básicas fazem o primeiro acolhimento. Acompanhamos a gestante os nove meses, quando é de baixo risco, com orientações do enfermeiro e do médico da família. Após o nascimento, até sete dias já realizamos a consulta de puerpério e do recém-nascido para avaliar como mãe e bebê saíram do hospital e se a amamentação está acontecendo”, detalhou.
Maria José também ressaltou que a amamentação é uma recomendação — e não uma obrigação — e citou a orientação da Organização Mundial da Saúde: amamentação exclusiva até os seis meses, por seu papel protetor. “O leite materno funciona como uma vacina do bebê, transmitindo imunidade conforme as exposições da mãe”, afirmou, lembrando que, quando necessário, a equipe realiza outros encaminhamentos.
As profissionais reforçam que procurar ajuda precoce faz diferença: ajustes de pega, posicionamento correto, manejo do ingurgitamento e apoio emocional costumam resolver a maioria dos problemas iniciais.
A administração municipal organizou encontros para conversar mais sobre o tema. Os próximos estão marcados para o dia 21 de agosto, nas unidades Vila Palmeira (14h) e Posto Central (15h30min) — com a condução da servidora Ana Paula e apoio do Primeira Infância Melhor (PIM) e Criança Feliz.
Confira a entrevista na íntegra: