Avaliações audiológicas permitem identificar diferentes graus de perda e iniciar o tratamento adequado
Em entrevista concedida ao programa Conexão Itapuí, a fonoaudióloga Lara Borges, da Amplisound de Santo Antônio da Patrulha, falou sobre os sinais e cuidados relacionados à perda auditiva. Segundo ela, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de sucesso no tratamento. “Quanto antes diagnosticada, mais fácil é de tratar, assim como todo problema de saúde”, destacou.
A profissional explicou que os primeiros indícios de perda auditiva geralmente são percebidos por familiares. “Normalmente os sintomas primeiro são sentidos pela família. É aquele companheiro que reclama do volume da TV, que fala ‘ah, mas eu falo contigo e tu não me responde’, ou quando a pessoa finge que tá entendendo e pergunta muito. Sempre que a gente tem alguma queixa das pessoas que convivem, já é um sinal de alerta”, observou.
Diagnóstico e tratamento acessíveis
Lara detalhou que a avaliação básica da audição é composta por dois exames principais: a audiometria e a imitanciometria. “A audiometria, até hoje, é o exame padrão ouro no mundo para diagnóstico de perda auditiva. Não tem outro melhor”, afirmou. Conforme o resultado, o paciente pode ser encaminhado ao otorrinolaringologista ou realizar o teste de aparelhos auditivos, considerando as necessidades individuais.
A fonoaudióloga também destacou o diferencial do atendimento próximo à comunidade. “O aparelho auditivo não é uma orelha nova que sai pronta. Ele vai precisar de acompanhamento, assim como todo tratamento de saúde. E quando a gente tem esse suporte perto, com certeza fica muito mais fácil”, explicou.
Cresce a procura entre o público jovem
De acordo com Lara, embora o público principal continue sendo o da melhor idade, tem aumentado a preocupação de pessoas mais jovens com a saúde auditiva. “A gente vê sim um aumento da população jovem se preocupando mais com a audição, mas ainda o público maior é a melhor idade. O que é esperado, porque com o envelhecimento humano é natural algumas alterações de saúde, e a perda auditiva é uma que vem de presente com a idade”, disse.
Ela ressaltou que até mesmo perdas leves merecem atenção. “A perda auditiva leve é a que mais passa batido. E não é que ela não cause impacto, pelo contrário. A pessoa com perda leve normalmente diz: ‘Ah, eu ouço, mas às vezes eu não entendo’. E esse não entender já é a privação de alguns sons de fala”, completou.
Tecnologia e acessibilidade
Lara lembrou que os avanços tecnológicos têm tornado os aparelhos auditivos mais modernos e acessíveis. “No nosso aparelho mais básico, a gente já tem, por exemplo, a conectividade com o celular. O áudio é emitido diretamente pelo aparelho auditivo. Ele funciona também como um fone de ouvido”, explicou.
Ela reforçou que o objetivo é democratizar o acesso à saúde auditiva. “A gente tem aparelhos de diversos valores e pacotes, selecionados de acordo com o que o paciente busca”, enfatizou. A fonoaudióloga explicou que os aparelhos permitem maior conforto e integração com o dia a dia, oferecendo recursos que auxiliam na compreensão sonora e na qualidade de vida.
Confira a entrevista na íntegra:
Foto: Amplisound
