Delegado Juliano de Carvalho explica atribuições da nova unidade, que atenderá quase 80 municípios do Litoral, Serra e Região Metropolitana
Em entrevista concedida ao programa Conexão Itapuí, o titular da 5ª Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato (Decrab), delegado Juliano de Carvalho, destacou os primeiros passos da unidade inaugurada recentemente em Santo Antônio da Patrulha. A delegacia passa a atuar em uma macrorregião que abrange quase 80 municípios do Litoral, Serra e Região Metropolitana.
Atuação em crimes contra o patrimônio
O delegado explicou que o foco do trabalho será nos chamados crimes contra o patrimônio em áreas rurais. “É o caso de furtos e roubos, como de maquinário agrícola, insumos, agrotóxicos, sementes e até golpes de leilões virtuais falsos”, disse. Carvalho ressaltou ainda que a prioridade são situações relacionadas à criminalidade organizada, mas que em Santo Antônio da Patrulha a Decrab terá atribuição plena para investigar todos os crimes patrimoniais ocorridos no campo.
Ele também destacou que, apesar de a sede da delegacia estar em fase de ajustes finais, a equipe já está trabalhando ativamente na região. “Estamos em um prédio novo, moderno, e já funcionando a pleno. Inclusive, nossos agentes estão, neste momento, dando apoio à DECRAB de Camaquã, realizando prisões e ações. E também, já iniciamos o nosso trabalho para começar as investigações em Santo Antônio da Patrulha e em toda essa grande área”, afirmou.
Estrutura e desafios
Ao comentar sobre a nova sede, o delegado afirmou que a entrega representa “um momento ímpar para a Polícia Civil e para Santo Antônio da Patrulha”, lembrando a luta de anos pela conquista de uma estrutura adequada. Entre os desafios da atuação, destacou a necessidade de que as vítimas registrem as ocorrências. “É fundamental que as pessoas registrem as ocorrências, podem conversar comigo, com nossos investigadores, é um registro gratuito”, afirmou.
Chamado à comunidade rural
Carvalho reforçou a importância da colaboração popular no combate à criminalidade. “Por mais que nós tenhamos tecnologia, drones, câmeras e perícias, a palavra das pessoas é o maior instrumento de persecução penal”, afirmou. O delegado destacou que denúncias podem ser feitas de forma anônima e que nunca houve exposição de fontes em seus 23 anos de carreira.
Confira a entrevista completa:
Foto: ASCOM SAP