Os tapumes e escoramentos que cercavam o Museu Caldas Júnior, em Santo Antônio da Patrulha, foram retirados nesta quarta (14), após vistoria técnica da Secretaria Municipal do Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SEPDE) apontar que, apesar da interdição do prédio desde 2021, não há sinais de agravamento estrutural que justifiquem a manutenção das barreiras de proteção.
No mês de abril, a Fundação Museu Antropológico Caldas Júnior solicitou uma vistoria técnica de profissional SEPDE junto à casa bicentenária que abriga o Museu, especificamente em relação à estrutura em torno do prédio, tendo em vista o perigo potencial de acidentes apresentado pela estrutura te tapumes e escoras.
“Desde sua interdição em outubro de 2021, ou seja, há 43 meses, não houve, visualmente, novas manifestações de patologias ou anomalias prediais. As grossas paredes da casa bicentenária permanecem em situação inalterada ao longo dos últimos anos. Não se observou uma queda de reboco ou madeiramento”, explicou Rafael Barcela, presidente do Museu. “No entanto, a estrutura de escoramento das paredes externa frontal e lateral do pátio, mesmo com investimentos constantes de recursos financeiros para sua manutenção, encontravam-se em situação de risco iminente”, concluiu.
Vistoria aponta estabilidade estrutural e autoriza retirada das proteções
A decisão final foi tomada com base no relatório de vistoria técnica, emitido pelo Engenheiro Civil, Gilberto de Oliveira Castro e encaminhado pelo Secretário Municipal do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Antônio Augusto Borges e pela Diretora do Departamento de Engenharia e Arquitetura (DEA), Tauana Espíndola, na manhã desta quarta-feira, dia 14 de maio.
“Após vistoria realizada pelo DEA, foi constatado que a estrutura de escoramento estava deteriorada e sem função, enquanto não houve agravamento nas trincas, rachaduras ou recalques já identificados anteriormente na estrutura da casa que abriga o Museu. Com base nisso, foi autorizada a remoção do tapume e do escoramento, embora o prédio continue interditado. Também permanece a restrição à circulação de veículos pesados na faixa frontal da Rua Borges de Medeiros, para evitar vibrações na estrutura, e foi recomendada a realização de monitoramentos periódicos para acompanhar a estabilidade do imóvel” destacou o Secretário Antônio Augusto Borges em depoimento à Rádio Itapuí.
Prédio segue interditado e aguarda recursos para restauração completa
“Temos a obrigação de garantir a segurança dos munícipes. Esta é uma decisão profissional de caráter técnico que permite à retirada dos escoramentos e tapumes das fachadas do Museu, um novo visual para nossa Borges de Medeiros, que vem se destacando, inclusive na imprensa estadual, por meio do projeto Caminho de Memórias. Além disso, nos alegra permitir ao cidadão patrulhense e/ou turista o direito de tirar uma fotografia em frente ao prédio do nosso Museu, guardião de riquíssimas histórias e acervos de valores inestimáveis. Nossa expectativa é que as visitas aumentarão também”, comemorou o presidente do Museu.
Para a equipe do responsável pelo local, a retirada dos tapumes “fecha com chave-de ouro”, a programação da Semana Nacional dos Museus. O grupo do Museu Caldas Júnior continua trabalhando no processo que visa a captação de recursos para execução do projeto arquitetônico, que se encontra pronto e aprovado, cujo objetivo e a reforma do Museu, necessária para que o fim da interdição da estrutura.
Colaboração: Rafael Barcela (Fundação Antropológica Museu Caldas Júnior) e Antônio Augusto Borges (SEPDE)
Fotos: Igor Oliveira
