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Dom Jaime Pedro Kohl destaca papel da comunicação como instrumento de esperança

por Melissa Maciel

Em seu mais recente artigo intitulado “Ser comunicadores de esperança”, bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, ecoa a mensagem do Papa Francisco para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais, inspirada na Primeira Carta de São Pedro: “Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” (1Pd 3,15-16). O texto convida todos – especialmente os cristãos – a uma profunda reflexão sobre o modo como comunicamos no mundo atual.

O bispo destaca que vivemos em uma era marcada pela desinformação, polarização e manipulação em larga escala de dados e narrativas. Nesse cenário, muitas formas de comunicação – inclusive nas redes sociais – têm se tornado veículos de medo, preconceito e divisão. Por isso, Dom Jaime reforça o apelo do Papa por uma comunicação mais humana e responsável, centrada no cuidado com o outro e inspirada na mansidão e no respeito.

Com essa reflexão, Dom Jaime Pedro Kohl reforça a missão de cada cristão como comunicador da esperança, especialmente em um mundo sedento de verdade, empatia e sentido.

Leia a íntegra:

Ser comunicadores de esperança


“Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” é o tema da Mensagem, inspirada em dois versículos da Primeira Carta de São Pedro (cf. 3, 15-16): “No íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vô-la peça, com mansidão e respeito”.

Antes de desenvolver sua reflexão, Francisco faz uma análise da comunicação atual, marcada “pela desinformação e pela polarização, em que alguns centros de poder controlam uma grande massa de dados e de informações sem precedentes”. Diante das conquistas da técnica, o Santo Padre pede que se cuide do coração. “No centro da comunicação deve estar a responsabilidade pessoal e coletiva para com o próximo.”

Com frequência, a comunicação não gera esperança, mas sim medo, preconceitos e rancores, fanatismo e até ódio. Como em outras ocasiões, o Pontífice insiste na necessidade de “desarmar” a comunicação. “Nunca dá bom resultado reduzir a realidade a slogans”, escreve. Desde os talk shows televisivos até as guerras verbais nas redes sociais, há o risco de prevalecer o paradigma da competição, de fazer do outro um “inimigo”.

Comunicação cristã: dar com mansidão a razão da nossa esperança
“A esperança dos cristãos tem um rosto: o rosto do Senhor ressuscitado”, recorda o Pontífice. Os cristãos não são, antes de mais, aqueles que “falam” de Deus, mas aqueles que fazem ressoar a beleza do seu amor, uma maneira nova de viver cada pequena coisa.

“A comunicação dos cristãos deve ser feita com mansidão, com proximidade: eis o estilo dos companheiros de viagem, na pegada do maior Comunicador de todos os tempos, Jesus de Nazaré.” Francisco então expõe seus “sonhos” na comunicação: uma comunicação que saiba fazer de nós companheiros de viagem; capaz de falar ao coração; de gerar empatia, interesse pelos outros; que não venda ilusões ou medos, mas seja capaz de dar razões para ter esperança.

Para isso, acrescenta, precisamos nos curar da “doença” do protagonismo e da autorreferencialidade, pois o bom comunicador faz com que quem ouve, lê ou vê se torne participante. Comunicar desse modo ajuda a nos tornar “peregrinos de esperança”. A esperança é sempre um projeto comunitário, e o Jubileu tem implicações sociais, escreve por fim o Santo Padre, concluindo com algumas exortações para tornar o mundo menos indiferente e um pouco menos fechado:

“Encorajo-os a descobrir e a contar tantas histórias de bem escondidas por detrás das notícias; encontrar as centelhas de bem que nos permitem ter esperança; ser mansos e nunca esquecer o rosto do outro; praticar uma comunicação que saiba curar as feridas da humanidade; ser testemunhas e promotores de uma comunicação não hostil, que difunda uma cultura do cuidado e construa pontes. Tudo isto podem e podemos fazê-lo com a graça de Deus, que o Jubileu nos ajuda a receber em abundância. Por isto, rezo por cada um de vocês e pelo seu trabalho, e os abençoo.”

Dom Jaime Pedro Kohl

Fonte: Ascom Diocese de Osório / Melissa Maciel.

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