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Amor a Jesus se traduz em ação e fidelidade, diz dom Jaime Pedro Kohl

por Melissa Maciel

Em artigo reflexivo sobre o Evangelho deste 6º Domingo da Páscoa, o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, reforça que amar a Jesus vai além de palavras ou demonstrações externas de fé. Citando a passagem em que Cristo afirma: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra”, o bispo explica que esse “guardar” significa acolher os ensinamentos no coração e vivê-los com profundidade.

Para dom Jaime, seguir Jesus é permitir que sua palavra transforme o pensamento e as atitudes, criando uma comunhão real com Ele. O texto é tradicionalmente usado em missas com crismandos por evidenciar o chamado a uma amizade verdadeira com Deus.

O bispo também destaca que essa caminhada de fé não se faz sozinha, mas com a força do Espírito Santo, que ensina, recorda e fortalece os discípulos. Ao oferecer sua paz, “não como o mundo a dá”, Jesus tranquiliza os corações e mostra que, mesmo diante dos desafios, a presença de Deus é constante e encorajadora.

Leia a íntegra:

Se alguém me ama


O evangelho que a celebração do 6º Domingo da Páscoa nos oferece é de uma beleza incrível. É um dos textos bíblicos usados na celebração da missa com os crismandos. Vale a pena ouvi-lo na íntegra e tirar as devidas conclusões: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e nós viremos e nele faremos morada. Aquele que não me ama não guardará as minhas palavras”.

O que Jesus está dizendo aos seus discípulos — e, hoje, a nós — é que deseja viver conosco uma relação de verdadeira amizade, um amor sincero e prático. Guardar a palavra de Jesus, evidentemente, não significa ter a Bíblia em casa, posta na estante para que todo mundo veja, mas acolhê-la no coração e fixá-la em nossa mente, inspirando todo o nosso viver. Até o ponto de pensar em conformidade com o pensamento de Jesus, criando empatia e comunhão profunda, assumindo sua causa.

Para viabilizar essa relação de profunda amizade, não basta boa vontade: precisamos escutar o Espírito Santo e deixar-nos guiar por Ele. Por isso, Jesus logo acrescenta: “O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”. Lembremos que Jesus está se despedindo e dando as últimas orientações sobre como devem proceder no seu seguimento.

Ele continua numa atitude de encorajamento e consolação: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!”. A preocupação de Jesus é própria de quem quer bem e não quer deixar os seus em maus lençóis, de modo que, quando aparecerem os desafios, não desanimem nem se apavorem, mas possam seguir em paz.

Jesus não apenas promete a paz, mas doa a paz. Não é a paz ilusória de um mundo marcado pelo egoísmo e pelo fechamento à ação de Deus. Com a doação da sua vida, que está prestes a realizar, Jesus abre aos discípulos a perspectiva da serenidade e da coragem, da certeza de que Deus continua junto aos seus para transformar as realidades a partir da sua ação salvadora.
A paz de Jesus é um dom para nós, um dom que transforma, porque o Espírito da verdade, da fidelidade ao Pai, que conduziu a vida de Jesus, continua conduzindo os seus seguidores. Com a força do Espírito, poderemos aprender e recordar tudo o que Jesus falou e viveu.

Deixo uma perguntinha importante: posso dizer que amo a Jesus? Me deixo amar por Ele?

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório

Fonte: Ascom Diocese de Osório

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