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“Finados, dia de fazer memória” é tema de artigo de dom Jaime Pedro Kohl

por Melissa Maciel

Neste 2 de novembro, o Dia de Finados é celebrado em diversas culturas como um momento de recordar e honrar aqueles que já partiram. É uma data especial que nos convida a refletir sobre os legados deixados por nossos entes queridos, repletos de princípios, valores e memórias que continuam a viver em nós.

O Finados não é apenas um dia de luto, mas também uma oportunidade de celebração da vida. Muitas famílias se reúnem para compartilhar lembranças, cultivando um clima de gratidão e amor. Em algumas tradições, esse dia é marcado por festividades que celebram a continuidade da vida, especialmente na perspectiva cristã, onde a morte é vista como uma passagem para uma nova existência em Deus.

Assim, de acordo com o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, ao visitarmos os cemitérios e prestarmos homenagem aos que nos deixaram, somos chamados a cultivar a gratidão pela vida e a nos inspirar a viver de maneira a honrar suas memórias, certos de que um dia estaremos juntos novamente na plenitude da vida eterna.

Leia a íntegra:

Finados, dia de fazer memória

Finados é um dia para recordar acontecimentos e pessoas que nos precederam e nos deixaram como legado muitas coisas boas: princípios, valores, atitudes, lembranças… É também um dia de agradecimento por terem feito parte de nossas vidas e, de certo modo, carregamos um pouco delas. Em algumas culturas, esse dia se reveste de um clima de celebração festiva.

Todos sonhamos com um fim glorioso, um final feliz, um fim que não é bem um fim, mas o início de uma nova vida, continuidade da que já vivemos em Cristo Jesus. A liturgia ajuda a celebrar e a viver a esperança que este dia suscita. É ocasião para sentar com parentes e familiares e recordar as coisas boas de nossos entes queridos, pensando que nos espera um abraço paterno na Pátria Celeste.

Como Deus, nós também desejamos que todos cheguem ao conhecimento da verdade e sejam salvos. Sabemos que isso depende das escolhas que fazemos. Sabemos que Deus respeita profundamente a liberdade das pessoas, dando-lhes a possibilidade de acolher ou rejeitar a salvação prometida àqueles que creem no mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Para alguns, “finados” lembra “morte”; para outros, “vida”. Se pedimos a Deus que conceda descanso eterno a nossos parentes e amigos falecidos, é porque, de alguma forma, acreditamos que estão vivos e podem ser beneficiados por nossa piedade.

Jesus exorta a não temer aqueles que podem destruir o corpo, mas Aquele que tem poder de “castigo eterno”. Como lemos em Mt 25, 46: “Estes – os que não foram solidários – irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.

Como reza a liturgia: “a vida não é tirada, mas transformada”. A morte corporal não é o fim de tudo, mas uma passagem para outra forma de vida, glorificada em Deus ou condenada por estar longe Dele.

Nossa visita ao cemitério ajuda a fazer memória, despertando em nós gratidão pela vida recebida e um desejo sincero de gastá-la fazendo o bem a todos, certos de que um dia gozaremos com eles da vida plena e da felicidade eterna.

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