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Bispo da Diocese de Osório destaca a importância de setembro como “Mês da Palavra de Deus e encontro diário com Cristo”

por Melissa Maciel

Setembro é celebrado como o Mês da Bíblia no Brasil, mês temático instituído para incentivar a aproximação dos fiéis com as Sagradas Escrituras. Segundo o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, é importante compreender que a Bíblia não é um único livro, mas uma coletânea de 73 escritos que contém a Palavra de Deus revelada. A celebração, que se encerra com a festa de São Jerônimo, tem como objetivo recordar que Deus se manifesta ao longo da história, continua a se revelar no presente e seguirá comunicando-se com as futuras gerações.

Dom Jaime reforça que a Palavra de Deus se tornou carne em Jesus Cristo, assumindo nossa natureza humana para nos tornar participantes da vida divina. Ele convida os fiéis a dedicar diariamente, ainda que por breves momentos, uma leitura orante das Escrituras, permitindo que, mesmo em pequenas doses, se viva um encontro profundo com Cristo. O bispo enfatiza que a prática de alimentar-se da Palavra é essencial para enraizar a fé em Jesus, a fonte de toda devoção e experiência cristã.

Leia a íntegra:

Mês da Palavra de Deus

“No princípio era a PALAVRA, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. […] E a PALAVRA se fez carne – “gente” – e veio morar no meio de nós” (Jo 1,1-2.14a).

No Brasil, onde a Igreja Católica propõe alguns meses temáticos, setembro é celebrado como o Mês da Bíblia. É importante lembrar que a Bíblia não é um único livro, mas uma coletânea de 73 escritos reunidos em um só volume. Também precisamos destacar que a Bíblia, em si, não é a Palavra de Deus, mas contém a Palavra revelada. Deus se manifestou ao longo da história, continua a se revelar no presente e seguirá se comunicando com as futuras gerações de muitas formas.

Embora o título “Mês da Bíblia” seja o mais comum, poderíamos ampliá-lo para Mês da Palavra de Deus. Afinal, todo dia, toda semana e todo mês deveriam ser consagrados à Palavra. Esse mês temático, antes de ser assumido nacionalmente pela CNBB, nasceu em 1971 na Arquidiocese de Belo Horizonte, com o objetivo de incentivar os católicos a se aproximarem mais das Sagradas Escrituras, especialmente em setembro, que se encerra com a festa de São Jerônimo, tradutor da Bíblia para o latim.

Hoje, é verdade que muitas famílias católicas têm uma Bíblia em casa. Contudo, ainda são poucas aquelas que se alimentam dela diariamente. Entre nós, essa prática não se tornou tradição como o terço, as novenas e outras devoções. Todas essas expressões são belas e necessárias, mas precisam estar enraizadas na fonte: Jesus Cristo, a Palavra de Deus que se fez carne e habitou entre nós, “tornando-se em tudo igual a nós, exceto no pecado” (Hb 4,15).

Em Jesus de Nazaré, Deus assume a nossa natureza humana para nos devolver a condição de filhos e nos tornar participantes de sua vida divina. Quem sabe, neste mês, possamos reservar diariamente um tempo, ainda que breve, para uma leitura orante da Palavra? Se nos alimentarmos, mesmo em pequenas doses, da Carta aos Romanos durante setembro, poderemos viver uma experiência profunda de encontro com Aquele que se fez carne e veio morar entre nós.

E isso é possível porque “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).

+ Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório

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