O 3º Domingo de Advento, conhecido como Domingo da Alegria, marca um momento especial na preparação para o Natal. A data convida os fiéis a redescobrirem o verdadeiro motivo da alegria cristã: a proximidade da vinda do Salvador. Inspirado pelo Evangelho, o período reforça o chamado a viver o tempo de espera com esperança renovada e desejo de encontro mais profundo com Cristo, o Verbo que se fez carne.
O tema, apresentado por Dom Jaime Pedro Kohl, destaca que a alegria cristã não se confunde com euforia passageira, mas brota da confiança em Deus e da presença do Reino já entre nós. À luz da mensagem de João Batista e dos sinais revelados por Jesus, o artigo recorda que essa alegria permanece mesmo nas dificuldades e é fruto do Espírito Santo. Neste final de semana, os fiéis são chamados a expressar essa alegria também por meio da participação na Coleta para a Evangelização, gesto de fé e compromisso com a missão da Igreja.
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A alegria do Evangelho
O 3º Domingo de Advento é um convite a percebermos o motivo da nossa alegria e esperança cristã, a vivenciarmos esse tempo de preparação ao Santo Natal com novo ardor, alimentando o desejo de um encontro sempre mais profundo com o Verbo feito carne.
Aproxima-se a celebração da vinda do Salvador da humanidade, o nascimento do Filho muito amado que vem nos trazer a paz. A liturgia cristã o chama de “Domingo da Alegria”, pelo contentamento que começamos a sentir pela proximidade da chegada do Deus que vem.
Essa alegria não é simples festa, diversão ou euforia. É a alegria do Evangelho, ou seja, daqueles que vivem o espírito do Evangelho. É a alegria dos simples e pequeninos, das pessoas que colocam sua confiança no Senhor. Alegria que é serenidade e paz de coração, alegria que ninguém nos pode tirar; é a alegria do Reino de Deus já presente.
No Evangelho deste domingo, João Batista, estando prisioneiro, manda seus discípulos perguntarem a Jesus: “És tu aquele que deve vir ou devemos esperar outro?” Jesus responde pedindo para ler os sinais: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim”.
Essa nova realidade faz a alegria do Evangelho. Sabemos que a alegria é um elemento constitutivo do Reino de Deus; é fruto do Espírito no coração dos cristãos; ela se mantém em meio às perseguições e até mesmo no martírio. A alegria, para Paulo, faz parte do estado normal do cristão, não é um acessório e muito menos algo circunstancial, mas permanente; por isso, convida: “Alegrai-vos sempre, no Senhor!”
Nossa alegria consiste em estar com o Senhor. Enquanto estamos com o noivo, não podemos estar tristes. Como reza esta antífona: “Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene Liturgia”.
Exultar de alegria no Senhor e regozijar-se em Deus é possível a toda pessoa, basta que tenha fé e se deixe conduzir pelo Espírito Santo de Deus, que nos habita.
Não percamos a ocasião de experimentar a alegria do Evangelho. Neste final de semana, somos convidados a partilhar nossa alegria participando da Coleta para a Evangelização, lembrando que Deus ama quem dá com alegria: a alegria do Evangelho.
Dom Jaime Pedro Kohl, bispo Diocesano
Fonte: ASCOM da Diocese de Osório / Melissa Maciel.
