Uma megaoperação policial realizada nesta quinta-feira (11) mirou um grupo criminoso que, por dois anos, tocou o terror entre caminhoneiros e empresários do setor de transportes no Rio Grande do Sul. A ação, batizada de Operação Truck Hunters, teve cumprimento de mandados em várias cidades gaúchas, incluindo Capão da Canoa e Tramandaí, no Litoral Norte.
Ao todo, foram 78 ordens judiciais cumpridas, com 28 mandados de prisão preventiva e 50 de busca e apreensão. A ofensiva terminou com 20 pessoas presas, além da apreensão de armas, drogas e até mesmo um caminhão.

O esquema do crime
O grupo funcionava como uma verdadeira “empresa do crime”, com líderes responsáveis por planejar furtos, fabricar “chaves-micha” e coordenar extorsões. Depois de levarem caminhões carregados, os criminosos cobravam “resgates” que variavam entre R$ 5 mil e R$ 100 mil. Quando as vítimas não pagavam, os veículos eram levados para galpões de desmanche, onde chegavam a ser desmontados em menos de 12 horas.
As investigações também apontam que parte das peças era adulterada e revendida por meio de uma empresa de transportes ligada ao grupo, espalhando os componentes para diversas cidades do Estado.
Litoral Norte no radar
Capão da Canoa e Tramandaí estavam entre os alvos da operação. De acordo com a polícia, os criminosos monitoravam caminhões que circulavam especialmente pelas rodovias BR-116 e ERS-122, mas também tinham movimentações estratégicas no Litoral Norte, aproveitando o fluxo intenso de cargas pela região.
Ao todo, mais de 50 ocorrências foram ligadas ao grupo, que chegou a contar com rede de apoio em postos de combustíveis e aluguel de galpões para esconder os veículos.
Fotos: Divulgação PC